Chalita contém crise entre PMDB e governo Haddad em SP
Após cerca de uma hora e meia de reunião, o presidente do PMDB municipal, Gabriel Chalita, aliado do prefeito Fernando Haddadconseguiu conter a crise entre dois vereadores – metade da bancada peemedebista – e o prefeito.
A ruptura com o governo não foi colocada em discussão, como queriam o líder da bancada, Nelo Rodolfo, e o vereador Ricardo Nunes.
“Os vereadores, alguns, se sentem um pouco injustiçados porque acham que são colaborativos com o governo, mas não é uma briga por cargo, é uma discussão por espaço político”, disse Chalita, ao deixar o encontro da Executiva Municipal.
“Essas discussões são contidas entre vereadores e prefeito, não é uma discussão partidária”, completou.
Chalita minimizou a demissão de pessoas ligadas a Nunes e Nelo da administração municipal. “Os cargos sempre estiveram à disposição do prefeitoFernando Haddad. Se ele quiser trocar algum secretário, algum assessor, isso é administrativo. O PMDB não o está ajudando por briga de cargo.”
Chalita admitiu que a tendência do partido é ter candidatura própria, mas disse que é uma discussão para o ano que vem, pois o debate eleitoral não deve ser adiantado.
Na semana passada, Haddad demitiu o secretário de Segurança Urbana, Ítalo Miranda Júnior e auxiliares indicados por Nelo e Nunes.
Um dia depois, o prefeito exonerou também os subprefeitos indicados dos dois vereadores, que representam metade da bancada peemedebista.
Após as movimentações do prefeito, os dois vereadores pressionaram por uma reunião da Executiva Municipal, mas já sabendo que provavelmente não teriam força para impor uma ruptura com Haddad neste momento.
O PMDB ainda tem três secretarias – o próprio Chalita na Educação, Luciana Temer, na Assistência Social, e Marianne Pinotti na pasta de Pessoa com Deficiência.
Além disso, os outros dois vereadores do partido, Rubens Calvo e George Hato, ainda têm indicações em subprefeituras.
O máximo que foi colocado na reunião é uma decisão mais clara de que os vereadores do PMDB têm “livre arbítrio”, ou seja, uma liberdade em relação ao governo para atuar na Câmara de Vereadores.
“Os vereadores estão liberados para votar de acordo com suas convicções em prol do que for melhor pra cidade”, disse o vice-presidente da Executiva e deputado estadual, Jorge Caruso.
Fonte: EXAME