Mais um amigo do Lula foi preso
Saiba por que José Bumlai, amigo de Lula, foi preso pela Lava-Jato
Pecuarista foi detido em Brasília na 21ª fase da Lava-Jato, batizada de Operação Passe Livre
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, o Ministério Público Federal (MPF) detalhou a prisão do empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo íntimo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele foi detido na 21ª fase da Operação Lava-Jato, batizada de Passe Livre. Bumlai é suspeito de lavagem de dinheiro e movimentação ilegal de recursos com uso de empresa de fachada, além de ter lucrado com tráfico de influência durante o governo do petista.
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De acordo com o MPF, o pecuarista teria utilizado contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin. O principal empréstimo tem um valor de R$ 12 milhões. Além disso, ele teria recebido propina de um dos delatores da Lava-Jato. O nome de Bumlai apareceu em citações de Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, e do lobista Fernando Baiano.
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Na coletiva, o procurador Carlos Fernando de Santos Lima disse que o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, telefonou para o então presidente do banco para dizer que era responsável por empréstimo a Bumlai, segundo o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
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Foram analisados outros empréstimos, e os procuradores concluíram que o dinheiro era destinado para o PT. Em troca, as empresas do grupo Schahin conquistaram contratos de navio-sonda na Petrobras. Pelo menos uma dezena de outras movimentações, no valor de dezenas de milhões de reais, envolvendo pessoas físicas, teriam beneficiado agentes políticos e privados.
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– São métodos claros de dissimulação. Foram usados documentos falsos para a falsa aplicação de empréstimos. O caminho do dinheiro para o PT ainda está em investigação. Em 2004, o empréstimo teve participação direta do tesoureiro(Delúbio Soares) e telefonemas da Casa Civil (à época comandada por José Dirceu). Há clara vinculação política a esse empréstimo – relata o procurador Lima.
O procurador Diogo Castor de Mattos disse que as autoridades ainda investigam a legalidade das operações envolvendo a empresa São Fernando Açúcar e Álcool, de propriedade de Bumlai.
Fonte: ZH Notícias